2007-12-27
É Natal.
É tempo de abrir o coração para abraçar o estado de Natal.
De viver em estado de Nascimento.
Feliz Natal!
Viva 2007, que, por terminar no número 7, símbolo de perfeição e plenitude, procurei viver sob o prisma desta simbologia. Para que da simbologia nasça Vida.
Perfeição.
Santidade.
Doação.
Abertura.
Receptáculo de mim mesmo e do Outro para os outros.
Só agora que a celebração de Natal aconteceu, posso reflectir sobre o Natal.
Apetece-me dizer muita coisa, mas tudo se reduz a uma palavra: essencial.
O que é o essencial do Natal?
O que é o essencial do meu Natal?
Quem é o essencial no meu Natal?
Só de hoje a um ano poderei dar resposta a esta questão.
Porque o Natal que acabo/estou a viver hoje tem as raízes no Natal que vivi o ano passado.
2007 foi o meu Natal e, com saudade, percebi que apenas foi a porta de entrada para o ano 2008.
Dou comigo a pensar e a reflectir e a rezar sobre que pedra construir este ano novo.
À semelhança da simbologia bíblica do número 7 sobre a qual procurei nortear este ano, procurei saber que portas é que o número 8 me abria.
Hoje, rezando, encontrei a resposta.
A partir da leitura do livro de Bento XVI, "Jesus de Nazaré", "descobri" que as Bem -Aventuranças são 8.
E agora?!
Nada a fazer... Toca a entrar na aventura!
Voltei!
É Natal!
Bem - aventurado Natal!
2007-06-15
a Mãe Clara e o Coração de Jesus no dia da festa do Coração de Jesus:hoje
quem foi/é Madre Maria Clara - Mãe Clara
Nascera 56 anos antes, a 15 de Junho de 1843, e o seu nome de Família era Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles de Albuquerque. Viu a luz da vida na "Quinta do Bosque", situada na povoação hoje conhecida pelo nome de Amadora, nos arredores de Lisboa.
Tendo ficado órfã nas epidemias de 1856-57, foi educada no Asilo Real da Ajuda, em Lisboa, destinado às órfãs de famílias nobres. Aos 19 anos, com a expulsão das Irmãs da Caridade francesas, em Outubro de 1957, foi acolhida no Palácio dos Marqueses de Valada, com quem viveu durante cerca de 5 anos. Os Marqueses trataram-na como uma filha.
Após este tempo, vivido no meio de luxos e vaidade social, decidiu renunciar a tudo e entrar no Pensionato de S. Patrício, junto das Irmãs Capuchinhas Concepcionistas, orientado pelo Padre Raimundo dos Anjos Beirão.
Aqui, percebendo o chamamento do Senhor, iniciou uma caminhada de entrega definitiva a Deus, consagrando-se na Ordem Terceira de S. Francisco, sob a orientação espiritual do Padre Raimundo, ele também frade franciscano vítima das expulsões dos religiosos pelo governo de então. Recebeu o hábito de Capuchinha em 1869, com o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus.
Em Portugal vigorava a proibição das Congregações Religiosas. A Irmã Maria Clara foi a Calais, na França, para aí fazer o seu noviciado e emitir os votos públicos.
Era urgente a fundação de um instituto genuinamente português para dar resposta às necessidades que a pobreza e todos os tipos de miséria que padeciam as pessoas.
Regressada a Portugal a 1 de Maio de 1871, deu início à Congregação das Irmãs Hospitaleiras dos Pobres pelo Amor de Deus. Fundou a primeira comunidade, em S. Patrício, em 3 de Maio daquele ano e, cinco anos depois, a 27 de Março de 1876, a Congregação era aprovada pela Santa Sé.
A Congregação foi aprovada pelo Governo Português como Associação de beneficiência, a 22 de Maio de 1874.
Dotado de um coração transbordante de bondade e de ternura pelos mais pobres e abandonados, a Serva de Deus dedicou a vida inteira a minorar sofrimentos e dores. Encheu Portugal de Centros de Assistência, Atendimento e Educação, onde todos os desvalidos pudessem encontrar carinho, agasalho e amparo, qualquer que fosse a condição social.
Durante o tempo em que foi Superiora Geral, abriu mais de 100 obras e recebeu mais de mil irmãs.
Através dos seus membros, a Congregação procurava estar presente e actuante em todo o lugar onde houvesse o bem a fazer. No meio dos sofrimentos de toda a espécie: na solidão, na doença, na perseguição de que foi alvo, na incompreensão e na calúnia. A Madre Maria Clara soube manter-se sempre fiel a Deus e à missão que Ele lhe confiara. Viveu em constante serviço alegre e generoso a todos. Sem excepção. Desculpava e perdoava a todos, com caridade e fé heróicas. Àqueles de quem recebia maiores ofensas servia de joelhos.
Convicta de que "nada acontece no mundo sem permissão divina", tudo recebia como vindo das mãos de Deus: pessoas e acontecimentos, dores e alegrias, saúde e doença. A única razão de ser da Congregação deveria consistir em: servir, animar, acolher e aconchegar a todos. Iluminar e aquecer. A hospitalidade.
Viveu toda a sua vida numa esperança e confiança inabaláveis. Nada possuindo além do amor de Deus em Cristo Crucificado, que ela experimentava em todos aqueles a quem chamava a "minha gente".
Repousa hoje na Cripta da Capela da Casa Mãe da Congregação, em Linda a Pastora, onde acorrem inúmeros devotos a testemunharem as graças recebidas. O processo de canonização segue o seu curso, em Roma. É a fé no nosso Deus, glorificado na santidade daqueles que escolheram dizer sim com a vida.
salvé 15/6/2007 parabéns Mãe Clara!!!
2007-06-09
2007-05-26
a vida segundo o Espírito
2007-05-03
3 de maio de 1876 - 3 de maio de 2007 - parabéns!
2007-04-28
2007-04-21
a quarta vigília da noite
A noite do judeu era dividida em quatro vigílias, das seis da tarde às seis da manhã. A quarta vigília corresponde ao período que vai das três às seis horas da manhã. Estas páginas destinam-se aos da quarta vigília, aos da terceira também, e quiçá aos da segunda, porque toda a vida é uma expectativa e uma preparação.
Uma certeza, uma convicção profunda devia acompanhar-nos sempre: ela dar-nos-ia a paz e o bem-estar espiritual e mental. É que o AGORA é o TEMPO FAVORÁVEL PARA MIM. Favorável para quê? Para ser feliz. E esse tempo é o SEMPRE para mim, cada instante da vida longa ou curta em que me é dado preparar uma felicidade maior e imorredoura.
Dizem que o tempo passa. Não, nós é que passamos por ele. E cada momento pode dar-nos uma fortuna, se entendemos bem o que ela é. Por isso podemos dizer que connosco estão "a riqueza, a glória e os bens duradouros" (Prov.8,18), se a cada momento vivermos em justiça (ajustados a Deus). E se quisermos levar este pensamento até ao fim, podemos dizer que a quarta vigília será para nós em venturosa serenidade, o que tiverem sido as vigílias antecedentes...
Hoje - o Kairos -, este AGORA que me é dado por Deus, para que o toque do Espírito que habita em mim tudo transforme em "ouro", tudo valorize e torne capaz de se transformar na moeda capaz de comprar a glória de Deus e a felicidade dos meus irmãos. Este "Kairos", "dia da salvação", é cada momento que passa, esse perene presente em que estou construindo uma eternidade bem-aventurada, o Reino de Deus, em união com todos os homens de boa vontade, que comigo esperam "os novos céus e a nova terra". Por isso não há idade. Estou começando hoje (e aqui revivo as últimas palavras de S. Francisco de Assis). Não tenho passado. O passado sou eu neste presente em que vivo. Ele criou-me. Em cada minuto plasmou-me para ser o que sou. Ele não me deixou. Mais ainda: para Deus, para Quem não há senão um eterno presente, eu sou a criança alegre e despreocupada de ontem, o adolescente que sonhou muito e lutou para se afirmar (e eu que o diga! ), o adulto que amou e sofreu (e no sofrimento aprendi a pedagogia do amor de Deus para poder amar os outros), que teve horas amargas e felizes, aquele que até ao fim procurou servi-Lo e amanhã deporá confiadamente o último alento em Suas mãos divinas. Para Deus, eu sou de todas as idades, com todo o meu esforço para ser bom ( e Deus deseja ardentemente poder usar de misericórdia amorosa para comigo, eu sei ), com todo o meu desejo de o servir e glorificar ( Isabel da Trindade diria: "ser um louvor de glória" ).
(...)
Teilhard de Chardin lembra-nos que "há um tempo para o crescimento e um tempo para a diminuição na vida de cada um de nós. A dado momento, a nota dominante é de esforço humano construtivo, em outro, é de aniquilamento místico".
Esse aniquilamento só se pode entender no sentido de crescimento para a plenitude em Cristo, "até atingirmos o estado de homem feito, à estatura da maturidade de Cristo" (Ef. 4,13). Isto é, a absorção em Cristo, "processo que alargará os nossos horizontes , arrancando-nos da nossa mesquinhez, impelindo-nos imperiosamente para uma visão sempre mais larga, para a renúncia de prazeres estimados, para o desejo de sempre maior beleza espiritual.
Se esse completo desprendimento de nós mesmos visa o dissolver-nos em Alguém muito maior do que nós, nã podemos pôr limites ao desenraizamento que representa essa viagem para a vida em Deus. Para os que procuraram ( e procuram ) sempre essa vida, a renúncia foi ( é ) voluntária e progressiva. "Importa que Ele cresça e eu diminua". Renúncia ascética, que a intimidade com Deus - que outra coisa é a vida mística ( serão os místicos que salvarão a beleza do mundo! ) - favoreceu, para nos perdermos n'Ele.
2007-04-13
2007-04-10
Jesus continuava calado - o verdadeiro grande silêncio
Se ainda existe disparidade de opiniões, sobre o papel e a atitude de vários personagens e poderes envolvidos na Paixão de Cristo, felizmente existe unanimidade sobre Ele e sobre a Sua atitude: dignidade sobre-humana, calma, liberdade absoluta. Nem um só gesto ou uma só palavra que ignore aquilo que pregou no Seu Evangelho, especialmente nas bem-aventuranças. E nada n'Ele que se asemelhe ao orgulhoso desprezo da dor do estóico.
A Sua reacção ao sofrimento e à crueldade é muito humana: no Getsémani, treme e sua sangue, gostaria que o cálice do sofrimento se afastasse, busca apoio nos Seus discípulos, grita a Sua desolação; na Cruz: «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?»
(...)
Poderia passar-se a vida penetrando nesta perfeição da santidade de Cristo e não se chegaria nunca ao fundo. Na ordem ética, estamos diante do infinito. Não há memória de mortes semelhantes a esta, na história do mundo. É sobre a santidade do protagonista que é necessário parar-se, para meditar a Paixão, mais sobre a crueldade e a vileza de quem lhe está próximo. No "Novo millennio ineunte"o Santo Padre exorta-nos a contemplar o "rosto doloroso do Redentor". Aquele rosto, por si, é toda a Bíblia numa página.
Gostaria de evidenciar um traço desta grandeza sobre-humana de Cristo na Paixão: o Seu silêncio. «Jesus autem tacebat», isto é, "mas jesus continuava calado" (Mt. 26,63). Cala-Se diante de Caifás; cala-SE diante de Pilatos, que se irrita com o Seu silêncio; cala-Se diante de Herodes, que esperava vê-Lo fazer um milagre.
Jesus não Se cala por resolução tomada antecipadamente ou para protestar. Não deixa sem resposta nenhuma pergunta precisa que Lhe é dirigida, quando está em jogo a verdade, mas, também neste caso, são palavras breves, essenciais, pronunciadas sem raiva. N'Ele, o silêncio é todo e somente amor.
O silêncio na Paixão é chave para entender o silêncio de Deus. Quando a discussão se torna muito grande, o único modo de dizer alguma coisa é calar-se. O silêncio de Jesus, de facto, inquieta, irrita, traz à luz a não-verdade das próprias palavras, como quando se calou diante dos acusadores da adúltera.
in "Páscoa - uma passagem para aquilo que não passa", de Raniero Cantalamessa
2007-03-31
é este o tempo favorável - II
2007-03-30
é este o tempo favorável - I
Os gregos tinham duas palavras para o conceito de «tempo». E ambas as designações se referem aos deuses. Isso mostra que, para eles, o tempo era um mistério divino; não se tratava de uma coisa puramente exterior, passível de ser medida com o relógio.
A verdadeira palavra para tempo era «chronos». Chronos relacionava-se com o deus Cronos, que é «o cruel pai do tempo». Cronos era filho de Urano e de Gaia. Libertou os irmãos do ventre da terra, para onde Urano repelira os recém-nascidos. Deste modo, viria a ser o chefe dos Titãs. Com a sua irmã Reia, Cronos procriou os deuses do Olimpo. Todavia, receando um sucessor humano, devorou os seus filhos. Reia conseguiu salvar apenas o filho mais novo, Zeus, entregando ao pai uma pedra envolta em faixas. Ao crescer, Zeus dominou o pai, para que este cuspisse os irmãos. Com a ajuda deles, Zeus subjugou Cronos e passou então a governar o destino dos homens, a partir do Olimpo.
Ao interpretar este mito, deparamo-nos com um importante aspecto do tempo. O tempo devora os seus filhos.
(...)
CAIROS - O DEUS DO MOMENTO CERTO
A outra expressão para tempo na tradição grega é «kairos». Cairos é o momento certo, a oportunidade, a utilidade, a medida certa. Os romanos apresentam o deus masculino Cairos como feminino, na forma de «occasio»: a oportunidade. O deus grego do momento certo tem asas nos pés ou nos ombros, quando é apresentado figurativamente. Caminha sobre os bicos dos pés ou encontra-se sobre rodas e oscila uma balança sobre uma lâmina. A sua cabeça é bastante interessante. Na testa, tem um tufo de cabelo. Em contrapartida, a nuca é careca. Com esta representação, os gregos pretendiam mostrar que se devem agarrar as oportunidades. O momento é efémero como mostra a nuca lisa. Quando o momento passa por nós a correr, não o podemos apanhar. Por isso, devemos encontrar o Cairos pela frente e agarrá-lo, mal ele surja. Para os pitagóricos, o Cairos é representado pelo número sete. Isso recorda-nos a história bíblica da Criação. O sétimo dia, em que Deus descansou, deixa transparecer esta qualidade, com que a antiga escola filosófica grega contemplou o Cairos.
in Grün, Anselm, "Ao Ritmo do Tempo dos Monjes", Col. Horizontes de Luz, Paulinas Editora
2007-03-24
Fasfhic Amarante 18/3/07 - Quaresma com vocação de Páscoa - 5
2007-03-17
"olho por olho, dente por dente" - «?»
"OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE" foi, neste contexto, o tema tratado pelo Sr. Padre António Couto, Superior Geral dos Missionários da Boa Nova e Professor Universitário naquela Instituição, esta manhã.
Por se tratar de um assunto de veras pertinente nos nossos dias, como é pertinente tudo o que se relaciona com as relações entre as pessoas e os povos, eis algumas das notas que tirei:
2007-03-10
"pecado que Deus denuncia com mais força é hipocrisia"
2007-03-03
"quaresma com vocação de Páscoa"
"Mais uma vez, atentos seguidores de Cristo, vamos entrar na quarentena de preparação para a Páscoa. Cristo também teve a Sua quaresma quando, "impelido pelo Espírito, foi para o deserto, onde esteve durante quarenta dias e quarenta noites, jejuou e foi tentado pelo demónio" (Lc. 4,1).
Passados quase dois mil anos, que podemos nós tirar como fruto desta etapa da vida do Salvador que vamos reviver? Quaresma... jejum... penitência... cruz... não serão palavras pouco simpáticas aos tímpanos de hoje, realidades que destoam no nosso mundo? De facto, assim acontece. Mas urge por em relevo o positivo destas realidades.
Quaresma, o que vem a ser? Vivida ao jeito cristão, ela não pode deixar de ser uma etapa positiva de crescimento. Vejamos como.
2007-02-22
Bem-vindo, Senhor Bispo!
2007-02-21
"laicismo e laicidade"
Aqui transcrevo uma parte da carta pastoral do supra citado Bispo do México, carta que "foi já considerada profética", entendendo-se a palavra na acepção que ela tem para nós cidadãos que somos crentes.
"C. Os fiéis católicos leigos
O Decálogo, património da Humanidade
29. O leigo católico respeita e proõe-se salvaguardar e cumprir a lei moral natural, comum a todas as grandes religiões. Esta lei natural não se identifica com nenhuma crença religiosa em particular, nem sequer com a religião católica ainda que esta a proclame em toda a sua integridade e a defenda com particular empenho. A expressão privilegiada desta lei natural encontra-se no Decálogo (Cf. Catecismo, n.º 2070), que também foi objecto de revelação da parte de Deus no Monte Sinai e foi aperfeiçoada por Cristo no Sermão da Montanha; mas, esta revelação do Sinai a Moisés e o aperfeiçoamento evangélico de Jesus, não lhe mudam a sua natureza fundamental de expressão da lei natural, comum a toda a humanidade, gravada antes que em tábuas de pedra no coração do Homem e que obriga em consciência a todos e em todas as partes, quer dizer, sempre.
A observância desta lei natural, aceite por todas as grandes religiões do mundo, é de tal modo transcendente que dela depende, por caminhos que só Deus conhece, a salvação eterna de todos os homens sem distinção; esta é a razão pela qual a doutrina católica admite a possibilidade de salvação para quem cumpra cabalmente esta lei natural. ainda que se encontre, sem culpa sua, fora do âmbito visível da Igraja (cfr LG, 16). O Decálogo constitui um património precioso da humanidade, que lhe permitiu sobreviver apesar das barbaridades perpetradas por ditadores de toda a espécie. Em resumo, o católico participa na política guiado pelo Decálogo e não pelas Bem-Aventuranças; mas se vive em conformidade com estas, acrescenta à vida em sociedade o perfume do Evangelho.
É um direito, não uma intromissão
30. É, portanto, um direito e um dever dos fiéis católicos leigos, como de todo o cidadão no pleno uso da razão e responsável, defender os valores e as virtudes morais naturais como são a justiça, a verdade, a liberdade, a honra, a lealdade, a solidariedade, o respeito pela pessoa humana, a paz, etc.; e esta participação não pode qualificar-se, por nenhum motivo, com intromissão da Igreja no âmbito dos governos, dos partidos políticos ou da educação. Trata-se de um profundo chamamento da consciência cristã à coerência entre aquilo em que se crê e o que se faz, entre a fé e a vida; é uma experiência intrínseca à própria fé e não provém de uma imposição externa, se bem que é dever do Magistério eclesiástico recordá-lo com frequência. Negar ou limitar, portanto, aos Pastores da Igreja este dever de ensinar e recordar aos fiéis as suas obrigações é uma intromissão indevida do Estado no espeço moral e espiritual que não lhe diz respeito. Igualmente, pretender afastar os católicos da vida política ou do âmbito do ensino pelo facto de se afirmarem como crentes e de serem coerentes com a doutrina da Igreja no ensino da lei natural, é uma forma de laicismo intransigente e discriminador. Seria negar relevância política e cultural à fé católica e ao cristianismo em geral, o que é inadmissível. Ao querer impedir os católicos de participar plenamente na construção do bem comum, o Estado empobreceu-se e os crentes ficaram prejudicados na sua condição de cidadãos ao ver-se limitados nos seus direitos e na sua dignidade. La separação entre a fé que professamos e a vida quotidiana de muitos deve ser considerada como um dos erros mais graves do nosso tempo, recordava aos Bispos do México o Papa Bento XVI durante a visita ad limina (15 Set. 2005)."
2007-02-17
"os bens da terra para todos"
20 milhões de crianças nascem e crescem em campos de refugiados;120 milhões são "meninos da rua"; 171 milhões, entre os 4 e os 14 anos, trabalham em condições que colocam em risco a sua saúde;
cada 5 segundos morre uma criança de fome;
apenas 7% das crianças são registadas ao nascer no Bangladesh;
(in revista Mensageiro do Coração de Jesus de Fevereiro 2007)
E eu? Qual é a minha postura relativamente a estes dados? Será que estas pessoas não passam de números? Como é que exigimos que os governos das nações sejam verdadeiramente nossos representantes... o prolongamento das mãos de cada um de nós?
2007-02-13
procura da sabedoria
Não te abandonem a misericórdia e a fidelidade: prende-as ao teu pescoço, grava-as na tábua do teu coração e encontrarás favor e bom êxito aos olhos de Deus e dos homens. Confia no Senhor de todo o coração e não te apoies na tua inteligência; procura reconhecê-l'O em todos os teus passos, e Ele aplanará os teus caminhos. Não sejas sábio a teus próprios olhos, teme antes o Senhor e afasta-te do mal"
2007-02-10
às quintas na Consolata: os meus lava-pés e lava-mãos...
Respondeu: «Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, quando escreveu: este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. (...) Descurais o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens.» (...) Chamando de novo a multidão, dizia: «Ouvi-me todos e procurai entender. Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. (...) Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, assassínios, adultérios, ambições, preversidades, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios. Todas estas maldades saem de dentro e tornam os nossos corações impuros.»
2007-02-09
2007-02-06
que cultura cultivamos?
como a palmeira
Fasfhic Amarante - 4/2/07
Maria, Mãe do Sim,
o Teu exemplo admira-me.
Admira-me, porque arriscáste a Tua vida;
admira-me, porque não olháste para os Teus interesses,
mas para os do resto do mundo;
admira-me e dás-me exemplo de entrega a Deus.
Eu queria, Mãe, tomar o Teu exemplo
e entregar-me à vontade de Deus, como Tu.
Eu queria seguir os Teus passos,
e, través deles, aproximar-me do Teu Filho.
Eu queria, Mãe, ter a Tua generosidade e entrega,
para nunca dizer não a Deus.
Eu queria, Mãe, ter o Teu amor,
para ser sempre fiel ao Teu Filho.
Mãe do Sim,
pede ao Teu Filho por mim, para que me dê a Tua força.
Pede ao Teu Filho por mim, para que me conceda
um coração enamorado d'Ele.
Pede ao Teu Filho por mim, para que me dê
a graça necessária e nunca lhe falhar.
(desconheço o autor)
2007-01-27
Ordem do dia 1- aborto sim/aborto não
Eis-me
2007-01-23
Conciliar educação-evangelização?
I - "O nosso tempo não defende a tradição, a cultura, mas a tolerância, que quer dizer: a afirmação que tudo é igual. Isto é a anulação da cultura. É a destruição da educação. A tolerância não é respeito pela diferença. Devemos dar abertura à crítica, mas só é possível criticar quando se tem alguma coisa á partida. Não se pode viver sem uma tradição. Hoje, o domínio do mais forte é o daquele que tem mais sedução, como por exemplo, a televisão..."
II - "Ao contrário de uma vivência, dá-se uma ciência. Imaginem só: quando o bébé nasce, a primeira coisa que se leva para casa é um livro sobre bébés. E ficamos aflitos quando a pessoa bébé não se encaixa na ciência sobre o que deve ser o bébé. Tem que encaixar... se não... há um defeito qualquer...Hoje criam-se espectadores, pessoas que se sentam num muro a ver passar o mundo. A ciência é fundamental, mas não podemos deixar que ela mate a vida. As vidas confrontam-se sempre."
III - "Em vez de se educar numa crítica, educa-se numa sedução. Queremos atrair os nossos alunos como único objectivo. Se nós educarmos os nossos filhos para a sedução, vamos fazer deles clientes e o "cliente tem sempre razão". Hoje os filhos são mais clientes dos pais, do que seus filhos e isto anula a capacidade de escolha."