Hoje é dia de Reis.
Dia da manifestação do amor de Deus.
Como sempre (ou quase sempre...), nestes dias fortes em que fazemos memória da história da nossa relação com Deus, que é a História da Salvação, propus-me ler/meditar sobre a realidade dos mistérios que nos são propostos pelo nosso Deus. E encontrei na Revista Bíblica, editada pela Provincia Portuguesa da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos este texto que transcrevo como partilha e ajuda para quem quer viver este ano de 2008 à escuta das epifanias de Deus. Aqui vai:
A ESTRELA DE BELÉM ERA UMA ESTRELA?
Hoje os biblistas defendem que Mateus (2, 1-12) compôs este passo para expor a tese da universalidade da salvação. assim, cada elemento da narração simbolizaria uma realidade diferente: os magos representam os pagãos; Herodes, os judeus; a estrela, a fé.
Isto leva os autores modernos a perguntarem-se: qual o sentido da estrela no relato de Mateus?
Mateus tem consciência de que o povo judeu é o povo eleito e tem um privilégio por cima de todas as outras nações. Por isso, a estrela (fé) não pode guiar os magos (paganismo) directamente a Jesus. O judaísmo conservava a sua posição de privilégio: só por intermédio dele era possível chegar até ao Salvador.
É por isso que, no relato, a estrela não guia os magosa Belém, mas a Jerusalém, para que seja Herodes (o judaísmo) a levá-lo até Jesus. A estrela, pois, não erra, mas cumpre a sua missão, levando os pagão a confrontarem as suas inquietações com os judeus.
UM PRIVILÉGIO RECUSADO
Mas o judaísmo (Herodes) rejeita Jesus. Então, o caminho fica livre para os pagãos poderem ir, guiados pela estrela (fé) até ao próprio lugar onde se encontra o Salvador. Qualquer privilégio tem a sua obrigação correspondente. Por isso, o Evangelista recorda que Israel estava muito mais obrigado a receber o Messias, pois tinha as luzes necessárias para descobri-Lo no Menino Jesus. Até o Seu nascimento em Belém proclamava aos quatro ventos que o reino messiânico tinha chegado.
Mas o relato dos magos ensina-nos que o judaísmo renuncia voluntariamente à sua posição singular. Não quer ir ao encontro do Messias. Recusa-O. E mais: considera-O um usurpador e um perigo. E recusando conduzir o mundo gentio até onde Jesus se encontrava, renuncia voluntariamente aos privilégios que lhe eram outorgados pela sua situação de povo eleito.
E é então, e só então, que se abrem as portas ao paganismo para se aproximar directamente de Jesus. Já não precisa de chegar ao Salvador através do judaísmo. O povo antigo cede passagem a outro novo.
PORTAS ABERTAS DESDE CEDO
Ao narrar este episódio da estrela, Mateus está a contar algo que aconteceu depois da Ressurreição de Cristo. A maior parte dos Judeus rejeitou Jesus, de modo que, nos tempos do Evangelista, as autoridades judaicas eram hostis aos cristãos, perseguiam-nos e encarceravam-nos. Ao passo que os pagãos, isto é, os não judeus, aceitaram a nova fé e entraram em massa nas comunidades cristãs.
Então, face a este fenómeno, Mateus faz recuar a chegada dos pagãos para a altura do nascimento de Jesus e narrou-a como se com o Seu nascimento já se tivessem aberto as portas do cristianismo a todos os povos gentios.
A ESTRELA BRILHA PARA TODOS
Os escribas e sumos-sacerdotes, reunidos por Herodes, ao investigarem a Bíblia para averiguar acerca da estrela terão encontrado, pelo menos, 465 profecias sobre o Messias, e mais de 550 alusões feitas a Ele nas Escrituras. E até indicaram a Herodes o lugar exacto onde ele poderia encontrar o Salvador, o verdaeiro Rei dos Judeus. Mas nenhum deles se pôs a caminho.
Os magos, pelo contrário, deixaram-nos o exemplo de quem está em atitude de procura perante Deus.
Na nossa vida costumam acontecer factos cheios de sentido que reclamam a nossa atenção. se não nos pusermos a investigar, para ver o que Deus nos quer dizer com eles, certamente viveremos mais tranquilos; se não nos questionarmos, não nos criamos problemas. MAS NÃO AVANÇAMOS, MOVEMO-NOS NUM HORIZONTE ESTREITO, MESQUINHO, SEM DIMENSÕES E PRIVAMO-NOS DE UMA OPORTUNIDADE QUE NOS É OFERECIDA PARA PROGREDIR.
Os magos estavam à espera. Aguardavam. E quando algo surgiu no seu horizonte celeste, compreenderam que era o sinal. Não duvidaram. Não se deixaram enredar em falsas hipóteses. Iniciaram uma longa caminhada carregando o desejo de cumprir a vontade de Deus e de seguir em frente, apesar de todos os sacrifícios que tal decisão implicava.
Na vida é preciso seguir uma estrela. Um ideal. Um projecto de vida. Um modelo de santidade. Essa é a estrela que brilha para nós no nosso céu azul (e até nos nossos céus cinzentos escuros como betão!). E há que segui-la, apesar de todos os sacrifícios que isso impõe. Jesus espera-nos na chegada.
Por Ariel Álvarez Valdés
Aqui chegada,
A ESTRELA DE BELÉM ERA UMA ESTRELA?
Hoje os biblistas defendem que Mateus (2, 1-12) compôs este passo para expor a tese da universalidade da salvação. assim, cada elemento da narração simbolizaria uma realidade diferente: os magos representam os pagãos; Herodes, os judeus; a estrela, a fé.
Isto leva os autores modernos a perguntarem-se: qual o sentido da estrela no relato de Mateus?
Mateus tem consciência de que o povo judeu é o povo eleito e tem um privilégio por cima de todas as outras nações. Por isso, a estrela (fé) não pode guiar os magos (paganismo) directamente a Jesus. O judaísmo conservava a sua posição de privilégio: só por intermédio dele era possível chegar até ao Salvador.
É por isso que, no relato, a estrela não guia os magosa Belém, mas a Jerusalém, para que seja Herodes (o judaísmo) a levá-lo até Jesus. A estrela, pois, não erra, mas cumpre a sua missão, levando os pagão a confrontarem as suas inquietações com os judeus.
UM PRIVILÉGIO RECUSADO
Mas o judaísmo (Herodes) rejeita Jesus. Então, o caminho fica livre para os pagãos poderem ir, guiados pela estrela (fé) até ao próprio lugar onde se encontra o Salvador. Qualquer privilégio tem a sua obrigação correspondente. Por isso, o Evangelista recorda que Israel estava muito mais obrigado a receber o Messias, pois tinha as luzes necessárias para descobri-Lo no Menino Jesus. Até o Seu nascimento em Belém proclamava aos quatro ventos que o reino messiânico tinha chegado.
Mas o relato dos magos ensina-nos que o judaísmo renuncia voluntariamente à sua posição singular. Não quer ir ao encontro do Messias. Recusa-O. E mais: considera-O um usurpador e um perigo. E recusando conduzir o mundo gentio até onde Jesus se encontrava, renuncia voluntariamente aos privilégios que lhe eram outorgados pela sua situação de povo eleito.
E é então, e só então, que se abrem as portas ao paganismo para se aproximar directamente de Jesus. Já não precisa de chegar ao Salvador através do judaísmo. O povo antigo cede passagem a outro novo.
PORTAS ABERTAS DESDE CEDO
Ao narrar este episódio da estrela, Mateus está a contar algo que aconteceu depois da Ressurreição de Cristo. A maior parte dos Judeus rejeitou Jesus, de modo que, nos tempos do Evangelista, as autoridades judaicas eram hostis aos cristãos, perseguiam-nos e encarceravam-nos. Ao passo que os pagãos, isto é, os não judeus, aceitaram a nova fé e entraram em massa nas comunidades cristãs.
Então, face a este fenómeno, Mateus faz recuar a chegada dos pagãos para a altura do nascimento de Jesus e narrou-a como se com o Seu nascimento já se tivessem aberto as portas do cristianismo a todos os povos gentios.
A ESTRELA BRILHA PARA TODOS
Os escribas e sumos-sacerdotes, reunidos por Herodes, ao investigarem a Bíblia para averiguar acerca da estrela terão encontrado, pelo menos, 465 profecias sobre o Messias, e mais de 550 alusões feitas a Ele nas Escrituras. E até indicaram a Herodes o lugar exacto onde ele poderia encontrar o Salvador, o verdaeiro Rei dos Judeus. Mas nenhum deles se pôs a caminho.
Os magos, pelo contrário, deixaram-nos o exemplo de quem está em atitude de procura perante Deus.
Na nossa vida costumam acontecer factos cheios de sentido que reclamam a nossa atenção. se não nos pusermos a investigar, para ver o que Deus nos quer dizer com eles, certamente viveremos mais tranquilos; se não nos questionarmos, não nos criamos problemas. MAS NÃO AVANÇAMOS, MOVEMO-NOS NUM HORIZONTE ESTREITO, MESQUINHO, SEM DIMENSÕES E PRIVAMO-NOS DE UMA OPORTUNIDADE QUE NOS É OFERECIDA PARA PROGREDIR.
Os magos estavam à espera. Aguardavam. E quando algo surgiu no seu horizonte celeste, compreenderam que era o sinal. Não duvidaram. Não se deixaram enredar em falsas hipóteses. Iniciaram uma longa caminhada carregando o desejo de cumprir a vontade de Deus e de seguir em frente, apesar de todos os sacrifícios que tal decisão implicava.
Na vida é preciso seguir uma estrela. Um ideal. Um projecto de vida. Um modelo de santidade. Essa é a estrela que brilha para nós no nosso céu azul (e até nos nossos céus cinzentos escuros como betão!). E há que segui-la, apesar de todos os sacrifícios que isso impõe. Jesus espera-nos na chegada.
Por Ariel Álvarez Valdés
Aqui chegada,
atrevo-me a fazer minhas estes desafios em forma de pergunta que fez o nosso Bispo D. Manuel Clemente no programa da Renascença "Dia do Senhor" de hoje:
Como é que nós reparamos na Epifania de Deus no mundo?
Até que ponto nós, hoje, damos pela estrela?
Onde vou encontrar a minha epifania em 2008?
Como é que nós reparamos na Epifania de Deus no mundo?
Até que ponto nós, hoje, damos pela estrela?
Onde vou encontrar a minha epifania em 2008?
1 comentário:
O mundo hoje esta seguindo muitas lampadas pensando ser a estrela( Jesus).... Que Senhor deixe sempre meus olhos abertos para exergar Ele e sua vontade....
Bem, eu tenho um blog e gostarai de compartilha-lo com vc.....
http://ointercessor.blogspot.com/
Espero uam visita sua e seu comentario sobre ele....
Fique na Paz de Jesus
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