2008-03-08

"Eu sou"


Depois da pergunta dos judeus - que é também a nossa - "Tu quem és?", Jesus faz referimento, antes de mais nada Àquele que O enviou e em nome do Qual Ele fala para o mundo. Repete mais uma vez a fórmula da revelação, o "EU SOU", mas agora alarga-a à história futura - "Quando elevardes o Filho do Homem, então sabereis que «Eu sou» (Jo 8,28). Na cruz torna-se reconhecível que Ele é o Filho, que Ele é um com o Pai. A cruz é a verdadeira "altitude". é a altitude do amor até ao fim (Jo 13,1); na cruz, Jesus está à altitude de Deus, que é Amor. Nela é possível conhecê-Lo, pode-se compreender o «EU SOU».
A sarça ardente é a cruz, a suprema pretensão de revelação, o «EU SOU» e a cruz são inseparáveis. Aqui, encontramos não uma especulação metafísica, mas a realidade de Deus que se nos manifesta mesmo no meio da história. «Então sabereis que Eu sou»: mas este «então» quando se realiza? Realiza-se continuamente na história, a começar do dia do Pentecostes, quando os judeus "se emocionaram até ao fundo do coração" (Act 2, 37) com o discurso de Pedro e, segundo o relato dos Actos dos Apóstolos, três mil pediram para ser baptizados, unindo-se, assim, à comunidade dos Apóstolos (Act 2, 41). E há-de realizar-se plenamente no fim da história aquilo que diz o vidente do Apocalipse: «Todos os olhos O verão, até mesmo os que O trespassaram».


in Jesus de Nazaré - Papa Bento XVI


Neste Sábado, dia 8 de Março, Dia Mundial da Mulher e, porque não?, dia de reflexão sobre o AMOR MATERNAL DE DEUS, último dia da IV semana da Quaresma, veio-me às mãos este texto do livro do Papa Bento XVI, que está inserido no capítulo sobre "As Afirmações de Jesus acerca de Si Mesmo".